O álbum Um Mundo em Nós começou a ser gerado em fins de 2019 por iniciativa dos músicos e produtores Augusto Teixeira e Leo Costa, que vislumbraram unir diferentes gerações de compositores, intérpretes e musicistas em torno de uma ideia em comum: a obra poético-musical de Léo Nogueira. Ambos já haviam trabalhado juntos no primeiro álbum de Augusto intitulado Estação Felicidade, que contava também com algumas parcerias deste com o letrista e foi eleito entre os melhores álbuns de 2018 pelo site Embrulhador, além de ter tido uma boa circulação de shows de lançamento por várias cidades, principalmente no interior paulista.
Dono de extensa obra e parceiro de muitos compositores — alguns bem conhecidos, como Zeca Baleiro e Vicente Barreto — o letrista Léo Nogueira ainda não possuía um álbum que fosse dedicado exclusivamente às suas composições.
Augusto Teixeira, Leo Costa e Léo Nogueira chegaram à seleção das treze faixas do álbum dentre as mais de duas mil músicas do autor, de uma maneira que o trabalho unisse camadas poético-musicais que abrangem a pluralidade da música brasileira.
O resultado é um disco que reúne diferentes estéticas musicais realçadas por letras reflexivas — e algumas vezes irônicas — que se mesclam a estilos rítmicos variados como samba, bossa nova, baião, choro, pop moderno e balada.
Desde o seu início, o projeto adquiriu um caráter coletivo, com a ideia de que cada canção contasse com uma ou mais participações escolhidas pelo trio. Depois de convites aceitos e gravações finalizadas, a amálgama de timbres abrilhantou ainda mais os arranjos.
Léo Nogueira é um cearense do mundo, parceiro de uma gama de autores de vários idiomas e nacionalidades. Como foram escolhidas apenas canções em português, o disco buscou abranger também nos vocais essa riqueza de sotaques, com convidados de Norte a Sul do país, formando uma colcha de retalhos sonora das mais ricas.
O álbum abre com a faixa Anjo Avulso que tem uma pegada pop e letra ácida e conta com as participações da paraibana Camilla Farias e do paulistano Sander Mecca. Em seguida vem Cantar Você, a balada romântica do disco que tem as participações de Renata Pizi e Chico Salem. Bem me Quer é uma bela representante da MPB sofisticada e de rica harmonia que tem a interpretação da catarinense Carla Casarim.
Inspirada em fatos reais e contando uma saga regionalista vivida pelos avós de Léo Nogueira, Oito Franciscos tem as participações de Lilian Estela e do alagoano Ibys Maceioh. A canção Né? é um chistoso choro que trata sobre a falta do que dizer de certas relações e tem as participações de Rafael Alterio (Garga) e da paraense Clarice Sena. O Samba do Amor Eterno trata sobre as inconstâncias do amor e tem a participação de Virgínia Rosa.
A Balada do Amor Clichê é um soneto que ridiculariza amores com “a” minúsculo e conta com as participações da carioca Clarisse Grova e do paulista Juca Novaes. Em No Mundo da Lua se fala de um amor quando não está — ou de sua ausência — e tem a participação do paulistano Mau Sant’Anna. Os Porquês é um tratado sobre a solidão. Participa na faixa Kleber Albuquerque.
Hiroshima teve sua letra composta num avião, quando da primeira viagem de Léo ao Japão, daí as várias referências nipônicas. É também a única canção do disco que conta com solo vocal de Augusto Teixeira. Toró é mais um tratado sobre a solidão, ou o desamor — como prefiram —, tema recorrente na obra nogueiriana, e tem as participações da carioca Ilessi e do mineiro-cearense Érico Baymma. Sem-Fim trata sobre a finitude da vida humana e a inadequação a ela. Participa na faixa o maranhense Zeca Baleiro.
E o disco fecha com a bossa solar e um tanto surreal Um Mundo em Nós, faixa título e feita em coautoria com o saudoso Marito Corrêa. É uma canção ingenuamente esperançosa, como, aliás, é a arte, e tem as participações de quase todos os supracitados participantes.
O disco tem como base a voz de Augusto Teixeira e o violão de Leo Costa, que também produziram todas as faixas. Para as gravações, foram convidados musicistas residentes na capital paulista que de alguma maneira mantém relação com os produtores: a flautista Maiara Moraes; o pianista Pedro Assad; no violão sete cordas, Alexandre Cueva; no contrabaixo, Beatriz Lima e Gustavo Sato; na sanfona e no rhodes, Lucas Coimbra; Marcel Martins faz o cavaquinho; o tcheco Martin Pridal faz a guitarra; na percuteria estão Roberta Kelly, Vitor Coimbra, Alfredo Castro (o Alfredão) e o paraibano Guegué Medeiros. Além do coro de Marina Santana e Álvaro Cueva.
A maior parte do disco foi captada no Estúdio Arsis, por Adonias Souza Jr., referência na área e que teve importância vital no processo embrionário do projeto. Isto contribuiu para que desse organicidade para abarcar canções que vão do pop à bossa nova. Esses aspectos combinados reforçam as dinâmicas e texturas dos arranjos, criando contrapontos estilísticos que valorizam ainda mais as canções.
Com o advento da pandemia alterou-se o curso originalmente planejado para o trabalho, mas graças à tecnologia muitos artistas puderam participar diretamente de suas casas a partir de estúdios caseiros.
A arte da capa é assinada por Elifas Andreato, autor de muitas das capas históricas de discos brasileiros e também da capa do primeiro disco de Augusto Teixeira.
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