Em março, São Paulo vai abrigar dez dias de shows de big bands, instrumentistas, samba paulista, artistas imigrantes e oficinas musicais organizados pelo Coletivos TDV (Teatro da Vila).
Entre os dias 1 e 11 de março, a cidade de São Paulo sediará a segunda edição do Festival Coletivo #MúsicaParaTodos. Com a idealização do Coletivos TDV (Teatro da Vila) da Cooperativa de Música de São Paulo, o Festival vai reunir estilos diversos em quatro dias de apresentações gratuitas e oficinas de temas variados ligados à musicalidade – na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha (de 1 a 6 de março) e na Fábrica de Cultura da Brasilândia, (de 8 a 11 de março).
Criado inicialmente para dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo coletivo, que atuava desde 2007, mas perdeu sua sede original em 2013, o Festival Coletivo II #MúsicaParaTodos já tem vida própria e sua organização envolve a participação de mais de 200 profissionais, e a divulgação autoral de dezenas de artistas.
Este ano serão 16 shows, sendo quatro por dia, sempre a partir das 13h (veja a programação completa abaixo), que trarão participações das Big Bands do Movimento Elefantes, vários músicos do coletivo de violonistas Comboio de Cordas, além de artistas imigrantes e refugiados de diversos países que residem na cidade de São Paulo e que participam da BiBliASPA e do Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto (GRIST). Eles mostrarão suas manifestações tradicionais a convite da Associação Raso da Catarina.
Seguindo a tradição, o “Festival Coletivo II #MusicaParaTodos” conta com quatro oficinas que integram a música com outras disciplinas. Nos dias 1 e 3 de março, na Fábrica de Cultura da Vila Nova Cachoeirinha, acontecem dois encontros. O primeiro às 11h, com o fundador do G.R.R.C. Kolombolo diá Piratininga, o músico Renato Dias, que apresentará a Formação Genética do Samba Paulista, passando por valores étnicos, ancestralidade e a influência rural no samba urbano.
No dia 3, às 15h, o músico e professor Luiz Zanetti apresenta Música e Movimento baseado nos métodos “Orff” e “O Passo” proporcionando aos presentes uma vivência musical abordando ritmos como Afoxé, Coco e Cavalo Marinho. Já na Fabrica de Cultura da Brasilândia, às 10h, no dia 8 de março, aspectos e mecanismos de estruturação da composição musical serão abordados pelo compositor, arranjador e baixista Rui Barossi, durante a concorrida palestra Arquitetura Musical.
Fechando o ciclo de formação, também às 10h, os fundadores do Comboio de Cordas, Muari Vieira e Leonardo Costa, apresentam Passeios pela história da música mundial. Um encontro que pretende apresentar desde canto gregoriano até música clássica contemporânea, passando pela música árabe, indiana, o choro e o rock n’roll.
O Festival será apresentado pelo Palhaço Charles, o ator Alessandro Azevedo, anfitrião há 20 anos do multicultural Sarau do Charles e será encerrado todos os dias com o Samba Paulista do Kolombolo Diá Piratininga.
Programação do Festival:
Mestre de Cerimônia : Palhaço Charles (Alessandro Azevedo)
ONDE: Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha
(R. Franklin do Amaral, 1575 – Vila Nova Cachoeirinha – São Paulo SP)
Oficinas: 01 e 03/03 10 e 15 horas
Shows: 05 e 06/03 das 13 às 16 horas
01/03 terça feira
11h – Oficina Formação Genética do Samba Paulista com Renato Dias.
03/03 quinta feira
15h – Música e Movimento com Luis Zanetti
05/03 sábado
13h – BANDA ARRUDA BRASIL
14h – Sami Bordokan “A Corda da Alma”
15h – Grupo Esperança (Togo)
16h – Funk Buia
06/03 domingo
13h – Banda Urbana
14h – Muari Vieira Quarteto
15h – BibliASPA Musical (Países Árabes)
16h – Aninha Batucada
ONDE: Fábrica de Cultura da Brasilândia
(Av. Inajar de Souza, 7001 – Jardim Peri – São Paulo SP)
Oficinas: 08 e 10/03 10h
Shows: 10 e 11/03 das 13 às 16 horas
08/03 terça feira
10h – Arquitetura Musical com Rui Barossi
10/03 quinta feira
10h – Passeios pela história da música mundial com Muari Vieira e Leonardo Costa
13h – Banda Jazzco
14h – Fábio Leal & Antropojazz
15h – Satellite Musique (Haiti)
16h – Victor 7
11/03 sexta feira
13h – Grupo Comboio
14h – Leonardo Costa
15h – Baye Fall Ndiguel (Senegal)
16h – Bea
Oficinas:
01/03 terça feira
11h – Oficina Formação Genética do Samba Paulista com Renato Dias. Neste trabalho abordaremos a formação genética do samba paulista, passando por valores étnicos, ancestralidade e a influência rural no samba urbano. Formação Genética – Matriz Africana e a contribuição indígena Resistência – Quilombos Urbanos – Griôs Oficineiro – Renato Dias, músico, produtor cultural e fundador do G.R.R.C. Kolombolo Diá Piratininga
03/03 quinta feira
15h– Música e Movimento com Luis Zanetti
Nessa oficina os alunos terão contato com alguns ritmos da cultura popular brasileira através de jogos rítmicos e cantados, percussão corporal, percussão convencional e não convencional, podendo assim experimentar e ampliar sua musicalidade e conhecimento sobre essa cultura de forma lúdica e leve. As aulas também irão integrar diferentes linguagens artísticas, a dança e o movimento serão utilizados para ampliar a compreensão desses ritmos. Ao final, iremos construir um número de música em movimento. Todo esse processo de aprendizado será baseado nos métodos “Orff” e “O passo”.
Os instrumentos utilizados na oficina são:
– Alfaia
– Gonguê e Agogô
– Xequerê, Ganzá, Triângulo e Caxixi
– Pandeiro
– Percussão Corporal (Barbatuques)
– Percussão não convencional, garrafa pet.
Os ritmos trabalhados serão:
– Afoxé
– Coco / Cavalo Marinho
08/03 terça feira
10h – Arquitetura Musical com Rui Barossi
(mecanismos e estruturação da composição musical)
Oficina Oficinante – Rui Barossi. Essa oficina pretende apresentar aos espectadores um breve insight a respeito de algumas formas usadas na música popular ocidental. Pequenos conhecimentos de como a música popular é estruturada – suas divisões de partes, recorrências, chorus de improvisação, etc – podem tornar a fruição do espectador muito mais plena, complexa e portanto, interessante.
A partir de alguns arranjos do próprio oficinante e de outros músicos conhecidos, a oficina, com linguagem simples, para que qualquer pessoa leiga em música possa compreender, vai destrinchar um pouco os conceitos básicos de diversos mecanismos de estruturação musical – de como a música pode ser arquitetada, – e de como nós, como espectadores, podemos participar dessa arquitetura simplesmente por reconhecer certos padrões dessa estrutura.
10/03 quinta feira
10h– Passeios pela história da música mundial com Muari Vieira e Leonardo Costa
Os músicos Muari Vieira e Leonardo Costa do Coletivo de violonistas Comboio de Cordas, http://comboiodecordas.pilarcultural.org/, munidos de um equipamento de som, farão uma audição com uma série de músicas de vários estilos, estimulando os ouvintes a identificar elementos presentes em cada música. Identificando a melodia, o acompanhamento e o ritmo. O encontro também pretende apresentar músicas desde o canto gregoriano, até a música clássica contemporânea, a música árabe, indiana, o choro, o rock n’roll, promovendo um passeio pela história da música mundial educando os ouvidos a detectarem seus elementos em comum e os que são característicos daquela composição especificamente.
Sobre o Festival
Com a idealização do Coletivos TDV da Cooperativa de Música de São Paulo, contemplado pelo Programa de Ação Cultural (PROAC) Festival de Artes II, do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura, o “Festival Coletivo II #MusicaParaTodos é organizado por quatro grupos que formam juntos o Coletivos TDV (Teatro da Vila), e são responsáveis pela curadoria do “Festival Coletivo II #MusicaParaTodos”. Nascido em 2009, no antigo Teatro da Vila, na Vila Madalena, onde atuou por mais de cinco anos com intensa programação artística, o grupo viu a partir do fechamento do espaço, em 2013, a necessidade de continuação desse trabalho e passaram a atuar como TDV. O Coletivos têm hoje em seu núcleo músicos e agentes culturais que atuam continuamente e de forma colaborativa, realizando apresentações musicais na cidade de São Paulo, com o objetivo de formar público e difundir novos artistas do cenário da música autoral, tendo como eixo principal a diversidade, qualidade e criatividade. A curadoria do evento é do Movimento Elefantes (coletivo de Big Bands); Comboio de Cordas (coletivo de violonistas); Kolombolo Diá Piratininga (grêmio recreativo de samba paulista) e Associação Raso da Catarina (culturas tradicionais e populares). O Festival tem ainda o apoio da Poiesis – Fábricas de Cultura e parceria com a Tapirapé Digital, que realiza mais uma vez a transmissão ao vivo pela internet de todos os shows do evento em www.teatrodavila.org.br/ao-vivo/.